Chakras

Chakra significa “roda” ou “vórtice”; e são pontos específicos localizados em todo o nosso corpo energético sutil (com correspondência no corpo físico) onde a energia (e a consciência) ou “prana” se acumula. 

O que são os Chakras?

A bateria do corpo humano não é alimentada somente do alimento material (pão), mas também da energia cósmica vibratória (o Verbo – da Bíblia  ou AUM). O poder invisível flui no corpo humano através da porta do medula oblongada (bulbo raquiano). Este sexto centro corpóreo é localizado na nuca, no topo dos cinco chakras espinhais (palavra sânscrita que indica “roda” ou centros aos quais se irradia a força vital). O bulbo raquiano é o principal ponto de acesso através o qual o corpo vem alimentado com a força vital universal (AUM) e é diretamente ligado à força de vontade do ser humano, concentrado no sétimo centro, ou centro da consciência Crística (Kutastha), localizado no terceiro olho entre as sobrancelhas. 

Esta energia cósmica, que é a mesma energia com a qual vocês foram criados e tudo o que existe no Universo, circunda e permeia toda a criação, dentro e fora, todo o tempo. Essa energia entra através da ‘boca de Deus’ (o bulbo raquiano] e é o Verbo invisível [AUM], que sustenta cada forma de vida - Paramahansa Yogananda

Chakra significa “roda” ou “vórtice”; e são pontos específicos localizados em todo o nosso corpo energético sutil (com correspondência no corpo físico) onde a energia (e a consciência) ou “prana” se acumula. 

O nosso corpo energético – que é nada mais do que uma forma mais sutil e invisível ao olho físico do nosso corpo material e visível – contém mais de 72.000 “nadi” ou canais sutis, por onde passa e flui a energia, a consciência,  a força vital – a própria vida, ou como preferires chama-la. Quando estas “nadis” estão bloqueadas, a energia não flui bem e é quando nos adoecemos e acontecem os desequilíbrios  psicofísicos – espirituais.

As “Nadis” se cruzam uma com a outra, formando pontos fortes energéticos , chamados “chakra”. Existem muitos “chakras” em todo o nosso corpo, alguns importantes nas mãos e nos pés, entre um peito e o outro e entre uma orelha e a outra formando “linhas energéticas”. 

Os “chakras” mais importantes e que influenciam todo o corpo energético são localizados onde se encontram as “nadis” lunar e solar: Ida e Pingala, que estão no lado esquerdo e direito da coluna vertebral astral; passando onde se formam os 6 centros psíquicos energéticos mais conhecidos e influentes. 

“Ida nadi”, o canal lunar, mental - “Manas Shakti”, localizado no lado esquerdo, sobe movendo-se pelo lado direito e “Pingala Nadi” , o canal solar, vital - “Prana Shakti” passa do lado direito para o lado esquerdo, e se cruzam na zona do cóccix (muladhara chakra),  sacral (swadhistana chakra), lombar (manipura chakra), dorsal (anahata chakra), cervical (visshudda chakra), medula oblongata  e centro da testa (agya chakra – o ajna chakra).

Sahasrara chakra (séttimo) e  a Aura, não tem correspondentes físicos e não são associados a nenhuma  “nadi” particular, mas a todo o campo magnético, energético e de Consciência. 

Quando “ida” e “pingala” se equilibram, todos os chakras principais se harmonizam e “trabalham” em modo perfeito –  todo o corpo energético - e de consequência o corpo físico e a mente entram em conexão com a Alma Divina. Isso acontece porque o canal energético central chamado “sushumna nadi” se ativa, despertando o “Maha Prana” – ou Grande Prana, conhecido também como a Energia Espiritual “Kundalini” – que tudo purifica, cura e ama. Por isso, a “sushumna” vem chamada também de “Atma Shakti” – “Atma” significa “Alma” ou “Consciência de Deus, individualizada”; e “Shakti” significa “Energia da Mãe Divina”.

Prema Kriya Yoga - os chacras

Então, podemos dizer, com certeza, que para poder ter uma vida em saúde em todos os pontos de vista, para viver e ser no bem- estar e para a Verdadeira Felicidade – de realização desde o campo material até às Realizações mais sutis de despertar espiritual; os ‘Chakras” são muitíssimo importantes, podemos dizer: essenciais,  e que sem estes, nada pode funcionar bem.

Estas são os 7 portas do Paraíso do texto bíblico – as portas de volta à Verdadeira Casa; a partir do trabalho interior destes centros, nos reconhecemos como Almas Livres - Consciências Individualizadas de Deus que habitam temporariamente em um corpo físico finito. Esta realização experiencial nos doa Alegria, Luz, Paz e Felicidade duradoura no Amor.

gyan mudra

Conheça os Chacras

Comece com a coluna reta e os olhos fechados olhando entre as sobrancelhas, o queixo central, os ombros abertos e relaxados, a coluna ereta e todo o corpo relaxado profundamente. Você pode estar sentado no chão numa almofadinha de meditação, com as pernas cruzadas, ou numa cadeira, como preferires.

Faça uma prece inicial, assim como vem espontãneo para você: por exemplo, visualizando os mestres da tradição do kriya yoga, ou outros mestres que você se sente em sintonia, ou simplismente abrindo o seu coração e a sua mente ao mestre e guia interior, a deus e à consciência cósmica assim como você sente mais próximo a ti.

Mantendo o olhar no ponto entre as sobrancelhas, observando a respiração natural das narinas, comece a sentir e visualizar uma energia que passa de muladhara a ajna chakra a cada inspiro e de ajna chakra a muladhara a cada expiro. 

Depois de algumas respirações nesta concentração, concentra em muladhara e contrai por alguns segundos o períneo, depois relaxa e vibra “om” fazendo pulsar este mantra neste centro energético. Observe, fixando o olho espiritual.

Passe a svadhistana, contraindo docemente os órgãos genitais e vibrando mentalmente “om” como antes, e depois fixando o terceiro olho e sentindo o que ocorre.

Passe então a manipura, contraindo docemente o abdômen e sempre repetindo “om” neste ponto e sentindo-o a partir do olho de shiva.

Contraia docemente o ponto entre os omoplatas em anahata e continue sempre o mesmo processo de concentração, no om naquele centro e depois do terceiro olho.

Contraia em seguida, docemente, a garganta. Cante “om” mentalmente e mantendo shambavi mudra (concentração no olho espiritual), sinta o chakra.

Depois, contraia levemente o centro da testa e vibre “om” mentalmente neste centro. Fique ali, sentindo o “om” vibrar também no topo da cabeça e em cada célula, se expandindo sempre mais em uma vibração sempre mais poderosa de luz clara, branca, de preferencia.

Mantenha-se, depois, por alguns minutos em silêncio e sentindo fazer parte da vibração primordial de amor. 

Termine com uma prece universal cantando a voz alta ao menos 3 vezes longos “om” desejando o bem supremo, o amor, a prosperidade, a alegria, a saúde e a realização suprema de cada ser.            

MULA significa raíz, fundações, MULADHARA, significa “o sustento da base”. É localizado em correspondência física entre o ânus e os genitais, ali onde a energia espiritual “Kundalini” é chamada de torcida e adormecida. Esta, quando adormecida, nos faz acreditar na ilusão cósmica - “Maya” e nos faz identificar com o próprio corpo. 

Muladhara é o chakra do elemento terra, de cor curativa vermelha e do sentido do olfato. As glândulas correspondentes são as gônadas.

Fisicamente tem a ver com os ossos de todo o corpo, com o ânus e o períneo, e todas as partes inferiores do corpo – as pernas e os pés. 

Quando este chakra é em equilíbrio temos saúde física, vitalidade, ficamos centrados no Ser, e temos um senso de aterramento e equilíbrio. A nossa natureza é ser honestos (satya) e temos auto-confiança e fé na vida. Muladhara em equilíbrio nos faz vir espontâneo o primeiro ‘membro’ de Patanjali – Yamas (ahima – não-violência, satya – verdade, asteya – não roubar, brahmacharya – moderação no uso da energia sexual e aparigraha – não- ganância). 

Quando este centro psíquico é  fraco  nos falta estabilidade e nos sentimos sem força, em articular modo, fisicamente. É possível que não seja fácil encontrar trabalho, por exemplo, ou seja difícil ganhar o bastante para viver. 

Quando muladhara è,  digamos, em excesso, somos particularmente apegados aos pertences, às coisas, ao corpo físico e à própria vida. 

Este é o  chakra da sobrevivência, do ‘pertencer’ e do direito de estar aqui na terra. Mas também tem a ver com a eliminação de tudo aquilo que não serve mais (apana).

Neste centro se localiza o primeiro granthi (ou cadeado); onde tem há o bloqueio do apego à matéria.

​O Beej Mantra (mantra sêmen) deste chakra é  “LAM” e como sempre o “OM” também. Outro mantra eficaz é “Deus e eu, eu e Deus somo Um.”

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, contraindo por alguns segundos o músculo do períneo e visualizar, neste ponto, uma flor de lótus de cor vermelha com 4 pétalas que antes estavam voltadas para baixo;  e que se abrem para cima. Depois de repetir o mantra e de visualizar - fique imóvel na posição meditativa, com o olhar entre as sobrancelhas em “Kutashta”;  sentindo as qualidades de “Muladhara”, da firmeza e da imobilidade das rochas, da sabedoria e da estabilidade. 

Os exercícios típicos para equilibrar Muladhara chakra são as posições em pé e de equilíbrio; mas também ‘pashmottanansa’ e os alongamentos para frente, assim como ‘Halasana’. Ajudam a re-equilibrar muladhara também as posições sentadas sobre os calcanhares como ‘vajrasana’ e ‘virasana’; e ativar mulabandha (a contração dos esfínteres). O exercício do sapo ou da rã do ‘Kundalini yoga’ trabalha muladhara e svadhisthana chakras.

A visão interior deste chakra vem manifestado como um quadrado amarelo e o som que se escuta é aquele de uma abelha ou um besouro.

Verbo: ter , “eu tenho”.

Svadhisthana significa “doçura” e é o chakra da fluididade, da flexibilidade, do nutrimento; localizado atrás dos órgãos genitais, na zona sacral (não a caso chamada “sacra-l” - sagrada, é um ponto energético onde se acumula muito do nosso karma pessoal e dos nossos sentimentos: “chitta” .

O seu elemento é a água, de cor curativa laranja e do sentido do paladar. As glândulas correspondentes são os rins e os adrenais.

Fisicamente é responsável pelas funções dos rins, dos adrenais, dos órgãos sexuais e de todo o  sangue e a linfa – ou seja, nos órgãos que tem a ver com o líquido em nós. 

Este chakra tem a que ver com a energia sexual e do relacionamento em casal. É deste centro psíquico que chega a capacidade de sentir as emoções.

Quando está em equilíbrio, nos faz sermos alegres e bem humorados conosco mesmos, nos aceitando como somos – nos deixando  fluir na vida, sem culpas passadas ou preocupações futuras. Nos vem natural e espontâneo o segundo  ‘membro’ de Patanjali – niyamas (saucha –pureza , santosha – contentamento, tapas – disciplina, svadhyaia – estudo do ser e das escrituras) e Isvara Pranidhana (entrega ao Senhor do Universo).

Quando è fraco, podemos ficar frígidos, tímidos e pouco sensíveis; e ter problemas com os órgãos relacionados à este chakra.

Quando está em excesso, podemos querer doces excessivamente, ser exageradamente sexuais na linguagem e no comportamento ou ser exibicionista. 

É um chakra associado a vyana vayu – este tipo de prana que se manifesta em toda a circulação do corpo. Esta força vital permeia todo o corpo, e age como reserva de energia, sustentando todos os outros tipos de ‘prana’ que precisam de suplemento. Ele regula e coordena todos os movimentos dos outros ‘prana’.

O Beej Mantra deste chakra é “VAM” ou “OM”.  E também “Narayan” e todas as suas variações. 

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, contraindo por alguns segundos o músculo dos órgãos genitais e visualizar, neste ponto, uma flor de lótus laranja com 6 pétalas que antes se virava para baixo, mas que se está abrindo para o alto. Depois disso, fique imóvel em posição meditativa, com o olhar entre as sobrancelhas, em “Kutashta”; sentindo as qualidade de “Svadhisthana”, da flexibilidade, da mobilidade da água, do deixar-se ir e da fluidez. 

Os exercícios yoga típicos de ‘Svadhisthana chakra’ são as posições de abertura do quadril e de flexibilidade em geral;  os alongamentos para frente e as torsões deitadas no chão. Este chakra se equilibra também através das posições sentadas à terra como vajrasana e virasana; e ativando mulabandha (a contração dos esfínteres). O exercício do sapo ou da rã, de Kundalini yoga, trabalha  seja para muladhara que para svadhisthana. 

A visão interior deste chakra vem manifestado como uma meia lua branca e o seu som, como de uma flauta ou de muitos grilos numa floresta à noite. 

Verbo: sentir, “eu sinto”.

MANIPURA significa  “a cidade das jóias”. É localizado em correspondência física atrás do umbigo, na zona lombar da coluna e no plexo solar. 

Manipura é o chakra do elemento fogo, de cor curativa amarela e do sentido da vista. A glândula correspondente é o pâncreas.

Fisicamente tem a ver com os músculos de todo o corpo, o abdômen  e todos os órgãos digestivos. 

Quando este chakra é em equilíbrio temos muita energia e resistência, somos focalizados e com imensa força de vontade, temos maior facilidade à disciplina e uma grande auto-estima assim como estima aos outros. Nos vem natural e espontâneo  a prática do terceiro membro de Patanjali – as posições yogicas psico-físicas – asana. 

Quando este centro é fraco nos sentimos facilmente manipulados e mais fracos (como personalidade). É possível que não encontramos energia para agir nos planos que havíamos e temos pouco sucesso na vida. 

Quando é em excesso, somos particularmente poderosos sobre os outros com tendências a manipular aqueles mais fracos. O nosso ego e senso de importância aumenta. Podemos até ser pessoas de força, de sucesso e exuberância, mas não reconhecemos facilmente o valor dos outros: nos falta a humildade. 

É o chakra da força, da energia, da transformação, da disciplina (tapas) e da assimilação (samana vayu).

O Beej Mantra (mantra semente) deste chakra é o Mantra “RAM” e como sempre também o “OM”. Mas também o mantra “Har” e as suas variações. 

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, contraindo por alguns segundos os músculos do abdômen, e visualizar naquele ponto uma flor de lótus amarela com 10 pétalas que estava voltada para baixo, mas que se vira para cima, abrindo-se. Depois disso, fique imóvel em posição meditativa com a coluna reta, olhando entre as sobrancelhas em “Kutashta”;  sentindo as qualidades de “Manipura”, da potência, brilho, do guerreiro da Luz e da transformação. 

Os exercícios yoga típicos de Manipura chakra são todas as posições que fortalecem os abdominais como por exemplo, a posição do barco (navasana), as posições de força nos braços (que sempre envolvem também os músculos abdominais e a coluna baixa lombar) e todos os alongamentos para frente. Também, exercícios como Uddiyana Bandha (retração do abdômen a pulmões vazios) e respiros dinâmicos como kapalabhati ou respiro do fogo podem ajudar a despertar a energia dos primos chakras através do fogo de manipura.  

A visão interior  deste chakra vem manifestado como um triângulo vermelho e o som como o som de uma harpa. 

Verbo: Poder, “eu posso”.

ANAHATA significa “som não batido ou não produzido”, porque quando nos focalizamos neste centro, podemos sentir uma vibração sutil e escutar o som do mantra “Aum” chamado “anahat naad” .  É localizado em correspondência física no ponto entre os omoplatas e vem chamado também “o chakra do coração”. 

Anahata è o chakra do elemento ar, de cor curativa verde esmeralda e do sentido do tato. A glândula correspondente é a timo.

Nesta ‘roda’  (junto a Manipura) está localizado Vishnu Granthi –  o bloqueio e nó de apego às emoções e às relações de afeto.

Fisicamente tem a que ver com as vértebras dorsais e a parte alta das costas, os omoplatas, os ombros, os braços e as mãos; com o coração e os pulmões. 

Quando este chakra é em equilíbrio temos um respiro amplo e completo, o coração, os pulmões e a parte alta do corpo estão em perfeito estado saudável e equilibrado. Temos um senso de calma e de paz, paciência; maior facilidade de perdão e equanimidade aos menos virtuosos. Temos um senso de compaixão aos menos favorecidos e somos felizes com a felicidade dos outros – reconhecendo que todos são um reflexo nosso. Temos um senso de amizade por todos! O Amor Incondicionado nos vem natural, assim como o serviço altruísta: doar sem nenhuma expectativa, em total humildade e alegria. Somos devocionais e com facilidade ao ‘inclinar-se reverencialmente’. Nos vem espontâneo e natural o quarto membro de Patanjali, o “Pranayama” – controle e expansão do prana – da energia vital.

Quando este centro psíquico é fraco somos tendencialmente fechados ao amor e ao compartilhar, com dificuldade de doar e também de receber. Fisicamente os ombros se fecham e sentimos um senso de ‘recusar o outro’. 

Quando é em excesso, somos particularmente abertos, e sem algum discernimento, nos doamos completamente. E, se feridos, sentimos um sofrimento exageradamente forte, porque não somos desapegados, mas completamente envolvidos e identificados com as emoções. Somos hiper-sensíveis – e estes altos e baixos exagerados provocam desequilíbrios a  nível energético e espiritual.

Este é o chakra que vai além das divisões, em direção ao sempre mais sutil. Anahata é o centro do Amor, da compaixão, do perdão e do serviço humilde sem expectativas (karma yoga). O centro da generosidade, assim como da gentileza. 

Este centro é da inspiração, do dar e do receber, da energia de absorção, que cristaliza (prana vayu).

O Beej Mantra (mantra semente) deste chakra é o Mantra “YAM” e como sempre o “OM”. Também purifica anahata, o Mantra “Om namah Shivaya” e “Ra Ma Da Sa”. Estes abrem o coração e o curam.

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, contraindo por alguns segundos o ponto entre os omoplatas e visualizar, naquele ponto, uma flor de lótus verde com 12 pétalas que estavam voltadas para baixo; mas que se abrem para o alto. Depois disso, fique imóvel em posição meditativa, com o olhar entre as sobrancelhas em “Kutashta”;  sentindo as qualidades de “Anahata”, da capacidade de doar, de ver no outro – ti mesmo. A capacidade de amar puramente sem pedir nada em troca. 

Os exercícios yoga típicos de Anahata chakra são as posições de abertura do tórax e todos os backbending ou formação de arcos das costas. Também as posições onde usamos os braços e as vértebras dorsais assim como todos os exercícios de “pranayama” de respiração, principalmente aqueles feitos com a respiração longa e profunda. Para o coração físico e a circulação, ajudam muito também as posições de elevação das pernas. 

Todos os cantos devocionais abrem sobretudo anahata chakra – a devoção e o amor natural do coração, tão necessários para entrar na superconsciência ou  samadhi – estado Yoga de União no Divino, come diz o Grandíssimo Mestre Swami Sri Yukteswar.

A visão interior deste chakra vem manifestado como uma esfera azul e o som que se escuta é aquele de tantos sinos juntos ou aquele de um gong.

Verbo: Amar, “eu amo”.

VISSHUDDHA significa “o puríssimo” . Aqui, já começa a elevação da energia mais sutil e um estado de purificação mais profundo. É localizado em correspondência física na garganta e atrás da garganta nas vértebras cervicais. 

Visshuddha é o chakra do elemento éter, espaço, do vazio, de cor curativa azul claro turquês e do sentido da audição. As glândulas correspondentes são a tiróide e a paratiróide.

Fisicamente tem a ver com a garganta, as cordas vocais, as vértebras cervicais e o pescoço, assim como as clavículas, o peito e os braços.  

Quando este chakra é em equilíbrio temos uma grande liberdade de expressar a criatividade Divina do nosso Verdadeiro Ser. O seu equilíbrio nos faz sentir guiados – este  é o chakra do professor. Nos faz ter uma saudável capacidade de comunicar e de falar o que é certo, no momento perfeito e nos doa o dom em escutar o outro e de perceber as mensagens além das palavras e dos gestos. Nos vem espontâneo e natural o quinto membro de Patanjali – Pratyahara, o retiro dos sentidos de fora para dentro. 

Quando este centro psíquico é mais fraco as nossas palavras se bloqueiam, nos sentimos pequenos, tímidos e incapazes. Podemos desenvolver por exemplo o hipotireoidismo e a preguiça.  

Quando é em excesso, somos particularmente ativos, falamos muito e os projetos são tantos, não conseguimos dizer não às pessoas e trabalho, somos sempre disponíveis e podemos desenvolver o hipertiroidismo e a hiper atividade.  

Este é o chakra da calma, da expansão e da criatividade. Podemos dizer que o “prana vayu” -  relacionado ao quinto chakra é `udana vayu´ - esta força vital que regula os nossos órgãos expressivos: as pernas, os braços e a cabeça.

O Beej Mantra (mantra semente ou sêmen) deste chakra é o Mantra “HAM” e como sempre o “OM”. Outros Mantras que trabalham visshudha são por exemplo: “ek ong kar sa ta na ma siri wa (uh) hay guroo”.

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, contraindo por alguns segundos o músculo do pescoço, e visualizando, neste ponto, uma flor de lótus azul com 16 pétalas que estava virada para baixo; mas que se abre para o alto. Depois disso, ficamos imóveis em posição meditativa, com o olhar entre as sobrancelhas em “Kutashta”; sentindo as qualidades de “Visshuddha”: a leveza, a expansão, a purificação, a Verdade e a comunicação. É o chakra da expressão da alma pura e Criativa. 

Este centro quando em equilíbrio nos faz dizer com clareza o que é necessário e escutar os outros com atenção. É também a partir de visshuddha que desenvolvemos a qualidade da Calma e da sensibilidade à energia sutil.  

Os exercícios yoga típicos de Visshuddha chakra são as posições invertidas sobre os ombros -sarvangasana, e todas as suas variações; e todas as posições e exercícios que fecham ou abrem a garganta – como matsyasana, o peixe.  Se ativa este centro energético também com os exercícios onde movimentamos cabeça e ombros, assim como a recitação de mantras em geral e a ação de ensinar – por si – já equilibra visshuddha chakra. 

A visão interior deste chakra vem manifestado como pequenas faíscas de luz com o fundo de cor fumaça e o som que escutamos é aquele do vento que passa entre as árvores ou o som do oceano.

Verbo: Comunicar, “eu comunico” ou Criar “eu crio”

AJNA significa “perceber, comandar”.  É localizado em correspondência física em dois pontos, considerado o pólo negativo e o pólo positivo: o bulbo raquiano ou medula oblongada (pólo negativo e onde habita o ego) e no ponto entre as sobrancelhas (pólo positivo e onde habita a alma, ou Verdadeiro Ser). 

Ajna é o chakra que vai além dos elementos e é onde habita a consciência Crística ou de Krishna, escondida na criação. Este chakra é de cor curativa lilás e da visão espiritual, dos poderes extra sensoriais.  A glândula correspondente a ajna é a pituitária.

Neste centro (junto a vissuddha) está localizado o Rudra Granthi – o nó de apego às visões e aos poderes espirituais. 

Fisicamente tem a que ver com a cabeça, as orelha e com os olhos, sobretudo. 

Quando este chakra está em equilíbrio temos a capacidade de ver e sentir além das palavras, das ações e da matéria. O seu equilíbrio faz com que sejamos inteligentes e sensíveis, temos fé e um saudável desapego de tudo o que é impermanente.

Desenvolvemos um ótimo discernimento da nossa Verdadeira Natureza e do conhecimento dado pela experiência interior de não ser o corpo ou a mente ou a personalidade, mas de sermos almas infinitas que habitam temporariamente num corpo denso e que utiliza temporariamente uma mente. Assim conseguimos a nos relacionar com e no mundo em modo equilibrado, mas sem ser dependentes deste para nossa felicidade. Com o equilíbrio de ajna nos vem espontâneo o sexto membro de Patanjali: “Dharana” – a concentração firme e imóvel em um ponto; e que nos conduz naturalmente a  “Dhyana” ou a meditação, o sétimo membro de Patanjali.

Quando este centro psíquico é fraco, ficamos confusos e judiciosos. Ficamos cheios de dúvidas e cépticos a tudo o que tem a que ver com a espiritualidade e o mundo sutil. Podemos ter pouca memória, pouca vontade de aprender e o intelecto não funciona no seu máximo. Com este centro energético com pouco estímulo, pode nos dar a tendência ao bipolarismo, à depressão e outros problemas de natureza psicológica.

Quando este centro trabalha em excesso, podemos ter a tendência híper- intelectualismo, à especulação sobre tudo o que tem a ver com a busca espiritual. Podemos até ser sinceramente interessados à Sabedoria Divina, mas ao mesmo tempo podemos nos transformar no que o Mestre Yogananda chamava de “the shoppers” – ou seja, aqueles devotos de vários caminhos da Verdade, mas que não aprofundam nunca um deles. 

Ajna chakra tem dois pólos (como, na verdade todos os chakras); mas em “ajna” este detalhe é muito importante porque o bulbo raquiano (parte posterior da nuca, o ponto côncavo atrás da cabeça) representa o ego, ou a consciência identificada com o corpo e os sentidos (polo negativo) - e  o olho espiritual, entre as sobrancelhas, representa o olho de Shiva, ou seja, do Ser profundo e verdadeiro, o aspecto do Divino que destrói toda a ignorância e que observa tudo do alto, com desapego e Amor ao mesmo tempo (polo positivo). 

Este é, então, o chakra da visão interior, do Verdadeiro Conhecimento que vai além do intelecto, mas dado por uma experiência espiritual profunda 

O Beej Mantra (mantra semente) deste chakra é o Mantra “OM”. Também todos os mantras para Shiva e no Kundalini Yoga “Sa Ta Na Ma” e “Ajai Alai”.

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, franzindo a testa ligeiramente por alguns segundos e visualizando, no ponto no meio da testa, uma flor de lótus de cor índigo (lilás) com 2 pétalas que representam a não dualidade. Vamos visualizar esta flora brindo-se para cima. Depois de visualizar, ficamos imóveis na posição meditativa, mantendo o olhar no terceiro olho em “Kutashta”; sentindo as qualidades de “Ajna”: a abertura ao desconhecido, à fé, à abertura mental da visão do invisível e ao desenvolvimento da sensibilidade extra-sensorial. 

Os exercícios yoga típicos de Ajna Chakra são “Shambavi Mudra” – o gesto de Shiva, ou seja, olhar fixamente no olho espiritual; respirações longas e profundas e as meditações com ou sem mantra. Também todas as posições invertidas como o cachorro com a cabeça para baixo (Adho Mukha Svanasana), a posição da vela (sarvangasana); e todas as posições a testa apoiada no chão como a da criança (balasana), ou a posição do pombo (eka pada rajakapotasana). 

A visão interior deste chakra vem manifestada com um anel dourado maravilhoso (representando o corpo astral), dentro deste anel, a cor intensa azul escura (representando o corpo causal); e no meio deste ‘céu azul’, uma estrela brilhante branca de cinco pontas (representando o corpo transcendental). 

Verbo: Ver, “eu vejo”

SAHASRARA significa “muitas milhares de vezes por mil” e vem conhecido como o chakra da coroa, ou das mil pétalas porque deste centro se iniciam as mil “nadis” ou canais sutis (que se encontram com as 72 que iniciam no ponto do umbigo, formando 72 mil nadis em todo o corpo). Este chakra é localizado em correspondência física ao topo da cabeça e quando liberado e aberto, nos doa um senso de proteção e acolhimento do Alto do nosso Ser, no Ser Supremo. 

Sahasrara é uma roda além dos elementos e além dos sentidos externos; é possível percebê-lo a partir de um estado de consciência muito elevado e de total não identificação com a matéria. A sua cor curativa: roxa ou branco. A glândula correspondente é a epífise e a pineal.

Fisicamente tem a que ver com o topo da cabeça, com o sistema nervoso e a mente intelectual e além desta. 

Quando este chakra está em equilíbrio temos calma e discernimento, somos capazes de canalizar o Divino e nos identificamos com Ele, reconhecendo de fazer parte Deste. Sahasrara em equilíbrio significa também boa memória, criatividade e expansão de consciência. Nos vem espontâneo a meditação (dhyana) e o último membro de Patanjali: Samadhi – União com e em Deus; imersão no Verdadeiro Único Ser. 

Quando este centro psíquico é fraco falta a estabilidade mental e nos sentimos confusos. Podemos  nos sentir cansados e preguiçosos, sem energia… Podemos também ter problemas muito sérios de saúde mental como a esquizofrenia e a depressão grave. 

Quando é em excesso, somos particularmente agitados e sem conexão com o corpo (isso ocorre em excesso ou com fraqueza).

Este é o chakra da União Divina, da abertura mental e da expansão de Consciência. Do reconhecimento de Sermos Um no Ser Cósmico e de sentirmos parte de todos os seres.  

O Beej Mantra (mantra semente) deste chakra é o Mantra “AUM” e também o “Wahe Guru” – mas este chakra na verdade vai além das vibrações.

Para equilibrá-lo podemos repetir o seu Beej mantra mentalmente, concentrando-se no alto da cabeça, visualizando, neste ponto, uma flór de lótus branco ou roxa com mil pétalas que se abrem  para o alto e em cada direção. Depois disso, fique imóvel em posição meditativa, com o olhar entre as sobrancelhas em “Kutashta” e no alto da cabeça sentindo as qualidades de Sahasrara: da União com o Todo e com todos, da expansão de Consciência, do viver na Inteligência Cósmica e a partir Dela, da Sabedoria e do êxtase. 

Os exercícios yoga típicos de Sahasrara chakra são as posições invertidas como sirsasana (sobre a cabeça), Adho Mukha svanasana (o cachorro com a cabeça para baixo) e samsangasana (a lepre); todos os exercícios com os braços para cima e a meditação, de todos os tipos (sobretudo a verdadeira meditação transcendental). 

A visão interior é além das visões; é puro e vazio (um vazio pleno).

Verbo: Ser , “eu sou”.

A Aura – (ou o oitavo chakra, segundo Kundalini yoga)  

Aquilo que forma o nosso campo magnético; vem chamado, AURA. Esta envolve todo o corpo, e por isso podemos dizer que está “contém” todos os chakras. 

Quando a aura está fraca somos particularmente influenciados do mundo externo, do ambiente fora e dos outros e não do querer profundo Divino.  Adoecemos mais facilmente e somos mais propensos a crises nervosas. 

Quando funciona em equilíbrio, somos seguros na nossa Natureza Divina, somos almas livres ou “Jivamukti” e capazes de influenciar positivamente o ambiente externo, os outros e as situações que chegam nas nossas vidas a partir de um estado de Graça de Deus. Tudo flui e cura facilmente.

Entre os exercícios que fortalecem a aura podemos citar: a recarga energética de Yogananda, todos os exercícios de Kundalini Yoga e do Kriya Yoga, a meditação profunda, os mantras e as preces sagradas.

Uma visualização interessante para a aura é ver interiormente uma bola de luz dourada que envolve tudo o que existe e que se expande acolhendo cada ser.

Também fazer eventuais jejuns e purificações do corpo ajudam a manter a aura num estado de forte vibração positiva.

incenso

Meditação nos Chacras

Comece com a coluna reta e os olhos fechados olhando entre as sobrancelhas, o queixo central, os ombros abertos e relaxados, a coluna ereta e todo o corpo relaxado profundamente. Você pode estar sentado no chão numa almofadinha de meditação, com as pernas cruzadas, ou numa cadeira, como preferires.

Faça uma prece inicial, assim como vem espontãneo para você: por exemplo, visualizando os mestres da tradição do kriya yoga, ou outros mestres que você se sente em sintonia, ou simplismente abrindo o seu coração e a sua mente ao mestre e guia interior, a deus e à consciência cósmica assim como você sente mais próximo a ti.

Mantendo o olhar no ponto entre as sobrancelhas, observando a respiração natural das narinas, comece a sentir e visualizar uma energia que passa de muladhara a ajna chakra a cada inspiro e de ajna chakra a muladhara a cada expiro. 

Depois de algumas respirações nesta concentração, concentra em muladhara e contrai por alguns segundos o períneo, depois relaxa e vibra “om” fazendo pulsar este mantra neste centro energético. Observe, fixando o olho espiritual.

Passe a svadhistana, contraindo docemente os órgãos genitais e vibrando mentalmente “om” como antes, e depois fixando o terceiro olho e sentindo o que ocorre.

Passe então a manipura, contraindo docemente o abdômen e sempre repetindo “om” neste ponto e sentindo-o a partir do olho de shiva.

Contraia docemente o ponto entre os omoplatas em anahata e continue sempre o mesmo processo de concentração, no om naquele centro e depois do terceiro olho.

Contraia em seguida, docemente, a garganta. Cante “om” mentalmente e mantendo shambavi mudra (concentração no olho espiritual), sinta o chakra.

Depois, contraia levemente o centro da testa e vibre “om” mentalmente neste centro. Fique ali, sentindo o “om” vibrar também no topo da cabeça e em cada célula, se expandindo sempre mais em uma vibração sempre mais poderosa de luz clara, branca, de preferencia.

Mantenha-se, depois, por alguns minutos em silêncio e sentindo fazer parte da vibração primordial de amor. 

Termine com uma prece universal cantando a voz alta ao menos 3 vezes longos “om” desejando o bem supremo, o amor, a prosperidade, a alegria, a saúde e a realização suprema de cada ser.            

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